Entrevista — ‘Atualmente, boa parte da tarifa do ônibus é subsidiada pela prefeitura, ou seja, o usuário paga R$ 4,40 e a prefeitura completa o que falta para chegar ao custo final, que está por volta de R$ 7,80. Se esse usuário deixar de usar o ônibus, ele economiza e a prefeitura economiza o subsídio (R$ 3,40), e quem tem direito a usar o ônibus de graça, a prefeitura economiza o valor integral. Nas reuniões com representantes da prefeitura, a gente defende o repasse de parte dessa economia diretamente para o participante do programa, em dinheiro, mas eles não dão uma resposta’, disse o urbanista Lucian De Paula, conselheiro da CTB. [Lucian De Paula, sobre o BikeSP, aprovado em 2016, mas nunca colocado em prática]
Noção de miolo de bairro é técnica, mas questionável
Quando discuto sobre a baixa abrangência das zonas permissíveis à verticalização, que compreendem raios de menos de 600 metros, nos melhores casos (estações do sistema metroferroviário), não acho que o parâmetro que determina a proximidade do transporte foi chutado. E é aí que reside o maior problema. Legenda: As extremamente limitadas áreas de influência da infraestrutura de transporte público, recuperadas no âmbito da tentativa de revisão do Plano Diretor Estratégico pela atual gestão, por meio de um diagnóstico inicial Para contextualizar: neste artigo, falo, sobretudo, do ordenamento aprovado na gestão de Fernando Haddad (PT; 2013-2017), a partir de 2014, composto pelo PDE (Plano Diretor Estratégico, informalmente chamado de “plano” ou “plano diretor”) e pela LPUOS (Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo, informalmente chamada de “zoneamento”).