Contra privatização da CPTM, comitê marca ato para segunda-feira, 20

Por Caio César | 18/06/2022 | 3 min.

Legenda: Plataforma do Terminal Grajaú, com a Estação Grajaú ao fundo
Ato está previsto para ser realizado próxima segunda-feira, 20, às 18 horas, em frente ao Terminal Grajaú e se soma a articulações junto ao Legislativo paulista

Depois de realizar um ato na Estação Palmeiras·Barra Funda e lançar um abaixo-assinado, o CLCP (Comitê de Luta Contra a Privatização da CPTM) convoca a classe trabalhadora, a juventude e os movimentos populares para que compareçam em novo ato pela revogação da concessão das linhas 8-Diamante (Júlio Prestes-Itapevi-Amador Bueno) e 9-Esmeralda (Osasco-Mendes·Vila Natal) da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos).

O ato está previsto para ser realizado próxima segunda-feira, 20, às 18 horas, em frente ao Terminal Grajaú, conforme publicação no Facebook e no Instagram. Na edição mais recente do Sobre Trilhos, o boletim informativo da Comitê, o valor de R$ 5 milhões, a ser pago pela CCR a título de remunerar a CPTM pelo auxílio à concessionária ViaMobilidade é questionado: “tudo indica que esses 5 milhões não representam nada além de uma parte mínima dos valores que a CPTM repassará na forma de peças novas e mão de obra”.

Legenda: Imagem de divulgação do ato nas redes sociais, nas quais se lê: “Revogação da concessão já! Fora CCR! Chamamos todos os trabalhadores, jovens e movimentos populares a participar dos atos pela revogação da concessão das linhas 8 e 9! 20/06, segunda, 18h, em frente ao Terminal Grajaú”

O boletim destaca ainda a denúncia realizada pelo deputado estadual Carlos Giannazi (PSOL) na Assembleia Legislativa, segundo o informativo da CLCP, “fotos e documentos provam que técnicos e materiais da CPTM já estão sendo postos à disposição da CCR”. O Comitê questiona a ausência de transparência em relação ao auxílio a ser prestado pela CPTM, reiterando que o escopo não foi definido e que, como agravante, ASOs (Agentes de Segurança Operacional) da CPTM seguem trabalhando nas linhas 8 e 9, o que significa que a CPTM está remunerando funcionários que trabalham para a concessionária.

Segunda notícia oficial da Assembleia Legislativa, veiculada em 15/06/2022, Giannazi criticou a ausência de transparência e considerou que a situação é imoral e que recursos públicos estão sendo desviados para o benefício de uma empresa privada, potencialmente lesando o poder concedente: “a CPTM vai ficando sem material e sem funcionários para cuidar dos trens que estão sob sua responsabilidade”. A notícia confirma que o deputado, possuindo evidências fotográficas e documentais, decidiu encaminhá-las ao Tribunal de Contas do Estado, ao Ministério Público estadual e à Comissão de Transportes da Alesp.

Para ler o boletim na íntegra, acesse a publicação no Facebook ou no Instagram.

O COMMU, mais uma vez, reitera sua solidariedade e faz um apelo para que todas as pessoas que dependam das linhas 8 e 9 compareçam aos atos, pressionando não só o atual governador, Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, mas todas as outras candidaturas ao Palácio dos Bandeirantes e à Assembleia Legislativa. Se você sabe em quem votou na última eleição para deputado ou deputada estadual, chegou a hora de questionar qual é a postura do mandato diante da situação da CPTM.

Finalmente, pedimos para que as páginas da CLCP no Facebook e no Instagram sejam seguidas pelo maior número possível de pessoas. Ajude curtindo e compartilhando as publicações e marque um amigo ou amiga que depende dos trens e não pode ficar refém de uma concessionária.




Se você ainda não acompanha o COMMU, curta agora mesmo nossa página no Facebook e siga nossa conta no Instagram. Veja também como ajudar o Coletivo voluntariamente.



comments powered by Disqus