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COMMU comenta programa de governo de Fernando Haddad

Para as eleições de 2022, o Coletivo optou por não participar da Campanha de Mobilidade Sustentável nas Eleições, como tradicionalmente tem feito. Infelizmente, não temos os recursos humanos e materiais necessários, além disso, acreditamos que a ausência de um framework (arcabouço) de acompanhamento envolvendo diferentes entidades prejudica os sentimentos, os esforços e as intenções que são depositados nas cartas-compromisso. Enquanto não definimos os próximos passos em relação à carta-compromisso da campanha voltada à esfera estadual, continuamos nossa observação das eleições como pessoas cidadãs e eleitoras, especialmente preocupadas com os rumos das regiões metropolitanas da Macrometrópole Paulista, sobretudo com a Região Metropolitana de São Paulo.

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Santo André divulga ações do Plano de Mobilidade. COMMU acompanhou

Introdução Em 17/08/2022, sem muito alarde, foi realizada mais uma audiência do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do município de Santo André. Marcos Bicalho, consultor da Oficina Consultores, empresa responsável pelos trabalhos, realizou a apresentação das ações propostas no âmbito do Plano. Os membros Diego Vieira (Mobilidade Santo André) e Caio César (um dos principais idealizadores do COMMU) participaram da audiência pública do Plano. Santo André é uma das principais economias da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) e do conjunto de municípios conhecido por nomes como ABC Paulista ou Grande ABC, embora oficialmente corresponda à Sub-região Sudeste da RMSP.

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Dois meses de Next Mobilidade: impressões e comentários sobre as linhas 152 e 218

Em 12 de janeiro, o Diário do Transporte publicava uma feliz notícia sobre a desmobilização da operação de uma série de péssimas empresas de ônibus do ilustríssimo senhor Baltazar José de Sousa, a saber: Urbana, Viação São Camilo, Viação Riacho Grande, Viação Imigrantes e Viação Triângulo. A salada das permissionárias nanicas e precárias do Grupo Baltazar deu lugar à Next Mobilidade, empresa ligada ao império da família Setti Braga, e que assumiu como concessionária da Área 5 da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) num controverso aditamento contratual, cujo principal efeito colateral foi o cancelamento da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra) da Companhia do Metrô em prol do BRT (Bus Rapid Transit, ou transporte de massa por ônibus, em tradução livre do inglês para o português brasileiro) ABC da EMTU.

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COMMU participa de audiência sobre a mobilidade de Santo André

Os membros Diego Vieira (Mobilidade Santo André) e Caio César (um dos principais idealizadores do COMMU) participaram de uma audiência pública do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do município de Santo André, uma das principais economias da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo) e do conjunto de municípios conhecido por nomes como ABC Paulista ou Grande ABC, embora oficialmente corresponda à Sub-região Sudeste da RMSP. Iniciado às 19 horas de segunda-feira, 13, e durando aproximadamente 2 horas, o evento contou com uma apresentação do diagnóstico de mobilidade realizado pela empresa Oficina Consultores, contratada pela municipalidade para a elaboração do plano de mobilidade.

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Baldy sobre cancelamento da Linha 18: “nunca houve e não há troca ou substituição de projeto”

Quase uma semana após reportagem do Estadão tratando de um possível imbróglio judicial, o secretário Alexandre Baldy (Progressistas), utilizou o Twitter e publicou a declaração em resposta ao perfil São Paulo YIMBY. Nunca houve e não há troca ou substituição de projeto. Muito obrigado https://t.co/AHd6MnkWFw — @alexandrebaldy (@alexandrebaldy) July 10, 2021 Legenda: Retuíte comentado do secretário Alexandre Baldy Então, fica o nosso questionamento, que se soma às várias perguntas do site Metrô CPTM, também não respondidas por Baldy ou outro representante da pasta de transportes metropolitanos do governo paulista: se o cancelamento da Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), a despeito da existência de um certame com vencedor já determinado há anos, balizado por um projeto que, inclusive, foi em parte custeado pelo erário são-bernardense, de forma a favorecer um projeto privado de BRT (Bus Rapid Transit ou transporte de massa por ônibus, em tradução livre para o português brasileiro), proposto pela única concessionária existente em toda Área 5, que tem operado e mantido o Corredor Metropolitano ABD (São Mateus-Jabaquara) desde 1997, não implica troca ou substituição de projeto, do que se trata, afinal?

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Falar de mobilidade não é fazer propaganda

Muito da cobertura de mobilidade urbana não é nada mais do que uma coleção acrítica de comunicados (ou boletins, também comumente chamados de press releases ou releases de imprensa), ou seja, informações que são fornecidas para veículos de imprensa por um determinado ator da sociedade, seja ele público ou privado. Em outras palavras, a cobertura sobre mobilidade urbana costuma ser, na verdade, mínima, quase inexistente, limitando-se ao papel de mera reprodutora de mensagens alheias, sem apurar, sem criticar e sem enriquecer as informações.

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Balanço de atividades 2020

Novo site No mês de junho nosso novo site finalmente foi lançado, representando uma ruptura com a plataforma Medium, que desde 2014 abrigava toda a nossa produção textual. Apesar das sugestões recebidas de outros membros, o árduo trabalho de colocar o site no ar foi executado por apenas uma pessoa, que estudou as tecnologias disponíveis no mercado, contratou a hospedagem e o domínio e iniciou a migração de todos os artigos, num processo moroso e frustrante, que levou meses (de 13 de junho até 1 de setembro) para ser concluído.

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PL 529/2020 é aprovado: EMTU, CDHU e outras empresas serão extintas

São Paulo parece estar se inspirando fortemente no Rio de Janeiro, aquele estado que não conhece nem o gabarito dinâmico dos trens do minúsculo sistema de metrô que concedeu nos anos 1990 e, desde então, tem se expandido vergonhosamente, enquanto a periferia amarga um sistema ferroviário sucateado, que jamais foi enxergado como um potencial sistema de metrô, apesar de sua capilaridade excelente. Retrato da negligência, uma das estações centrais está quase desmoronando e abrigava antigos documentos numa sala sem refrigeração, evidenciando uma total ausência de governança do patrimônio e inteligência sob responsabilidade do Estado Fluminense.

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Os perigos das propostas de liberalização dos sistemas de transporte

Mais do que nunca, estamos cada vez mais entrincheirados em meio à troca de tiros entre partidos e candidatos. A cada minuto, são disparadas inúmeras informações sobre os mais diversos assuntos, por diferentes canais. Muitas das informações, no entanto, enveredam por uma disputa ideológica praticamente religiosa, que não busca ou omite determinadas informações. Cansados do fogo cruzado e das metralhadoras de desinformação, decidimos recuperar algumas considerações sobre a regulação de sistemas de transporte público coletivo.

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Itaim Paulista: quem tem metrô, precisa do Metrô?

Introdução Este artigo tem sido esboçado há mais de um ano. Ainda não entendemos os motivos, mas a ideia de que é preciso que uma companhia específica construa um tipo específico de linha na Zona Leste, para atender um tipo específico de deslocamento, tem nos incomodado bastante. Do que estamos falando? Das pessoas que acreditam que construir mais linhas radiais de metrô é a única saída para desenvolver seus bairros, mesmo que suas opiniões sejam absolutamente vazias.

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Debate sobre a extinção da EMTU proporciona reflexões importantes

Em 17 de setembro, um dia antes da comemoração da Semana Nacional de Trânsito (também chamada de Semana da Mobilidade, prevista no Art. 365 da Lei Federal 9.503/1997), o Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB SP) e a Casa da Cidade organizaram um debate sobre a extinção da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos, responsável pelos ônibus intermunicipais que circulam nas regiões metropolitanas paulistas) no âmbito do projeto de lei 529/20.

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PL que ameaça EMTU e CDHU provoca reações: dois abaixo-assinados e um ato-live marcado para 21/08. Mobilize-se!

Para além do artigo discutindo parte da problemática constitucional que envolve a existência de empresas como Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, em liquidação por força da Lei 17.056/2019) e EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo), estamos divulgando algumas ações que consideramos oportunas para a luta contra o Projeto de Lei 529/20, de autoria do Executivo paulista, sob o comando do atual governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB).

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Extinção da EMTU vem a reboque da Emplasa e aprofunda efeitos do municipalismo

Introdução No último quadrimestre letivo da UFABC (Universidade Federal do ABC), tive a oportunidade de produzir um ensaio ligado à governança metropolitana, como parte de uma disciplina que aborda modelos de governança e participação social. A metropolização da capital paulista e os municípios do entorno, culminando posteriormente na criação da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo), no ano de 1974, ainda durante a ditadura, bem como os desafios de sua governança em meio às transformações socioeconômicas e políticas de um Brasil redemocratizado, são temas que recorrentemente surgem nas discussões entre os membros mais ativos do COMMU em nosso grupo no Telegram.

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Região Sudoeste: a mais esquecida da metrópole

Panorama geral Segundo definição da Emplasa (Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano, atualmente em processo de liquidação), a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) é formada por seis sub-regiões. Legenda: Mapa da Região Metropolitana de São Paulo. Fonte: Emplasa (sem data) Esclarecido isso, vamos falar da sub-região Sudoeste. De todas as sub-regiões da RMSP, a Sudoeste possui a peculiaridade de não possui um único quilômetro de trens metropolitanos ou corredores de ônibus.

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Gestão frouxa da EMTU transmite abandono e descaso

Introdução Contatar a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) pelos canais oficiais é garantia de respostas genéricas, enviadas na forma de e-mails sem assunto, que não raramente chegam em horários nada comerciais, incluindo domingos. O relacionamento entre a estatal e os passageiros, que dependem dos serviços de permissionários e concessionários, não demonstra ser capaz de entregar soluções e melhorias. Marasmo É lamentável observar que a empresa não possui nenhuma prioridade orçamentária, pois claramente não vai entregar nenhum dos corredores projetados nas gestões passadas.

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Discussão sobre clandestinidade do UBus subestima a complexidade do território e da política

A prefeitura de São Paulo, ao interferir na operação dos ônibus executivos recém-lançados pela Metra, contribuiu para alimentar uma série de discursos supostamente favoráveis à inovação tecnológica, empreendedorismo e uma melhor mobilidade. Balela. Como falar de inovação num contexto de monopólios naturais, corporativismo faccional e captura do estado? Para tornar tudo pior, a comparação com a Uber em meio ao buzz que se formou, com sites de tecnologia publicando a respeito (vide aqui, aqui, aqui e aqui), foi uma espécie de tiro no pé da prefeitura da capital paulista, que mais uma vez assumiu o papel de vilão estatal.

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Doria, quer expandir a rede de metrô rapidamente? Pergunte-nos como!

Depois de escrever uma proposta que permite que o governo combine serviços metropolitanos e regionais otimizando o desenho do material rodante e ampliando a extensão de plataformas, voltamos a olhar para a CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para sugerir uma mudança substancial nas diretrizes que parecem ter norteado a expansão da rede até o momento. Se o governo atual, que tem João Doria (PSDB) como líder do Executivo, está tão comprometido com a reforma da máquina estatal, deveria buscar fusões inteligentes, ao invés de cortes preocupantes.

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Doria e Baldy cedem: ABC troca metrô leve por BRT duvidoso

O governo estadual, por meio do Executivo, encabeçado por João Doria (PSDB), cedeu. Cedeu e com isso também baixou o nível, não só porque falhou como poder moderador dos interesses da sociedade, mas porque se colocou à disposição do negacionismo para fazê-lo. Perde a população do Grande ABC (região da metrópole paulista oficialmente denominada Sub-região Sudeste da Região Metropolitana de São Paulo), que terá de se contentar com um BRT no lugar de uma linha de metrô leve.

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UFABC: identificando problemas e possíveis soluções de mobilidade

“ Critico os condomínios por não criarem uma vida pública regulada por princípios democráticos, responsabilidade pública e civilidade. (Teresa Pires do Rio Caldeira, Cidade de Muros, p. 277) Introduzindo e contextualizando o assunto Recentemente estive envolvido em discussões sobre a Universidade Federal do ABC (UFABC) e as ligações entre os campi e os municípios de Santo André, São Bernardo do Campo e São Caetano. Até recentemente os alunos viajavam em pé utilizando um serviço de ônibus fretado que estava desrespeitando a legislação vigente, pois (i) permitia o transporte de passageiros em pé e; (ii) operava com veículos do tipo urbano de três portas.

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Por que é tão difícil discutir a mobilidade na região do Grande ABC?

Introdução Nos últimos meses a Linha 18-Bronze (Tamanduateí-Djalma Dutra), que tem tudo para ser mais uma PPP (parceria público-privada) fracassada, tem sido envolvida em discussões sobre mobilidade urbana que adotam as premissas erradas e, como não poderia deixar de ser, chegam a conclusões equivocadas ou até mesmo desonestas. Considerando que já travamos uma série de discussões na página, que temos vários membros que moram e/ou estudam e/ou trabalham em municípios do Grande ABC (também chamado de ABC Paulista, ABC, ABCD e ABCDMMR, embora a denominação oficial seja Sub-região Sudeste da Região Metropolitana de São Paulo) e que não seria de bom tom ignorar o que vem acontecendo, estamos publicando um artigo a respeito.

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